sábado, 19 de junho de 2010

Não que fosse amor de menos, era amor demais...

Olha antes de você partir, escuta, prometo ser breve .
Só queria que você soubesse que nada foi em vão.
Que nossa incansável busca de um amor perfeito, foi uma falha,eu sei, mas caramba, tentei, tentamos.
Calma, antes de você partir, preciso que saiba, que toda essa sua ausência me dói, ainda mais nos dias de sol, esse mesmo que iluminava teu rosto, quando nos encontrávamos.
Espera, ainda não terminei.
Porque teve que ser assim, essa profunda busca por algo completo, somos humanos, erramos, quebramos a cara, era isso que tentei te dizer , e você olhava e ria, como se já tivesse visto esse filme, e ignorasse o fato, de haver em mim esperanças. Sim, esperanças novas todos os dias.
Umas mais brancas, outras coloridas, como essas cores que me apresentaste a cada novo encontro, abraço, aperto.
Meu coração ta acelerado agora, só de pensar na possibilidade de nunca mais te ver, e por isso vim aqui, com minhas pequenas esperanças, como quem solta um último suspiro em vida, pra te pedir que repense, que não sejam essas suas últimas palavras.
Cara, olha pra mim e diga, que não é só em mim que dói, que você também quis que não tivesse sido assim, não me deixa afogar sozinha, eu já sei que o barco ta furado, mas eu preciso que você reme pra eu ter força de continuar remando também.
Me abraça e diz que teremos uma nova manhã, com todos os perfumes de todas as flores .
Me rasga a roupa mas não a alma, minha sede de ti é interminável, não me deixa com minhas falhas.
Um gesto é o que peço,entenda que minha dor é como aprisionar um pássaro, preciso voar, ainda que sem ti,mas não me deixe na escuridão dos dias solitários, me deixa gritar aos velhos nas esquinas, que no meu peito sangra esse sentimento por ti. Não se perca de mim agora, ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros e essa confusão que forma na minha cabeça e lateja, lateja. E você que não consigo arrancar, que é como chaga cancerosa, medo, medo. Me diz, como hei de deixar você partir assim, me deixando um quase nada, vazio, vazio. Eu queria que me desejasse nesse minuto, porque neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva, mas a sede é só minha, e se não compartilhas dessas minhas águas claras, não poderás nunca entender como te criei em mim tão intenso, porque fé, quando não se tem, se inventa
E agora quando te olho te enxergo ainda mais bonito, e isso me dói, veneno veneno. Gritarei, então. Muito alto, com todas as minhas forças, durante muito tempo. Não sei se foi esta a ordem, se será assim o depois. Mas sei com certeza que nem você nem ninguém vai me ouvir.

Então repito pra mim mesmo todas as manhãs, que seja doce, sete vezes que é pra dar sorte.

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